Crítica: Os Oito Odiados

    

 Quentin Tarantino trás para nós seu oitavo filme colocando em tela todas as marcas que seus fãs desejam ver em seu filme. Nossa equipe assistiu o Western e contaremos para vocês o que achamos do oitavo filme do mestre da violência. 

         O longa conta a história de oito estranhos que acabam se conhecendo em função de uma nevasca e ficam presos em uma taverna para esperar a tempestade passar. O cenário americano um pouco depois da famosa Guerra de Secessão e citado diversas vezes no filme e apesar de algumas imprecisões históricas, o elemento ajuda a entender um pouco mais sobre às relações muito bem expostas entre os 8 personagens que dão nome ao filme. Falando nisso, essas relações são desenvolvidas em diálogos bem construídos que prendem à atenção do público principalmente no final do segundo ato até o desfecho da trama. 

         Samuel L. Jackson é o nome mais conhecido no elenco e apesar de "tecnicamente" ser um filme que traria oito personagens principais é inegável que a presença do personagem de Jackson tem uma importância maior para a história, sendo ele o estopim para o confronto entre todos os presentes no local. Infelizmente, o longa não consegue dar uma importância de mesmo tamanho à todos os envolvidos se centrando em 2 ou 3 personagens por vez, mas nada que uma atuação excelente de nomes como: Kurt Russell, Jennifer Leigh e o carismático xerife Chris Mannix interpretado por Walton Goggins. 

        Abordando agora a trama e o roteiro até mesmo um grande fã de Tarantino (assim como eu) percebe que no início a trama não evolui chegando à ficar parada em certos momentos do primeiro e início do segundo ato. Contudo somos surpreendidos por incríveis reviravoltas (outra marca do diretor) e finalmente podemos ver o início do conflito se iniciar com tudo que um bom fã espera ao ver mais um longa do diretor. No segundo plano de toda esse plot de ação uma trilha sonora que toca nos momentos certos e com o desenvolvimento da trama se passando em um único local, faz com que gere um aumento de tensão e uma sensação de confinamento no público. 

       Em uma consideração final, "Os Oito Odiados" nos remete aos elementos conhecidos e que tantas pessoas são fãs em uma obra Tarantinesca. Apesar de não ser o ápice do diretor a trama consegue prender principalmente em seus momentos de clímax e em seu desfecho fazendo com que seja uma obra praticamente obrigatória para um amante do gênero Western ou ação. Contudo se você não curte muito esse gênero poderá achar um tanto quanto desgastante e poderá não suportar assistir quase três horas de filme.

                     Nota: