terça-feira, março 29, 2016

Crítica: Batman Vs Superman - A Origem da Justiça

     Atenção: Essa crítica é totalmente contra indicada para você que é fanboy (iola). Se você não consegue aceitar opiniões diferentes da sua, vá para seu grupo de Facebook/WhatsApp reclamar com outros. 


       Batman Vs Superman - A Origem da Justiça apresenta uma trilha sonora invejável, boas atuações e consegue mexer bem com seu público alvo. Roteiro mal trabalhado e cenas desnecessárias comprometem pesando infelizmente na qualidade final do filme.


     A trama já é de conhecimento geral para o público e não muda muito do que já foi apresentado nos trailers. Seguindo os acontecimentos de "Homem de Aço/Man of Steel", Superman é visto como uma possível ameaça e tem de prestar contas com as pessoas e com o vigilante de Gotham City: Batman. De início, os traços do diretor Zack Snyder são bem evidentes, colocando uma trilha profunda épica (que funciona muito bem em relação ao cenário) misturada às cenas utilizando o "Slow Motion". Essa combinação é característica do diretor vide: "Watchmen" e "300" ; sendo  ao mesmo tempo adorada por fãs e odiada por seus "Haters". Como forma de criar todo o clima épico que o filme tenta promover a utilização desse combo funciona muito bem em forma geral. 

     Aliás, toda a trilha é impactante, linda e marcante (Estou até agora com o tema da Mulher Maravilha na cabeça. Tartatatatatrtatatatra). Hans Zimmer, o compositor consegue de novo realizar um excelente trabalho (Não vou colocar todos os seus feitos aqui pois simplesmente mudaria todo o tema. Apenas coloque o nome dele no Google e veja quais trilhas de filmes ele compôs) fazendo com que suas músicas sejam o principal ponto forte de todo o longa. 


      As atuações estão boas dentro do contexto dos personagens. Todos os atores conseguem se manter fiéis sem tentar ousar muito. Henry Cavill reprisa seu papel como Clark Kent/Superman e não espere algo diferente do que já viu no seu primeiro filme interpretando o Azulão. Ainda continua passando por problemas existenciais e pedindo ajuda para outros. Ben Affleck intepreta Bruce Wayne/Batman com um ar sério, sombrio e digníssimo com relação aos outros que interpretaram o Homem Morcego nos cinemas. Contudo, devido à grande alterações do personagem (que falaremos mais tarde) por causa do roteiro prejudica o trabalho final do ator. Gal Gadot é Diana Prince/Mulher Maravilha e rouba todos os holofotes quando aparece em cena (Deixando o gostinho de "quero mais" que será saciado em seu filme solo). Ela consegue passar toda a sensualidade, elegância, bravura e carisma que são características de sua personagem. Jesse Eisenberg intepreta o vilão Lex Luthor e é bastante controverso em sua atuação. Vimos uma versão sarcástica, humorada e bem psicótica de Lex ainda jovem (e com longos cabelos lavados com L'Oréal). Se analisamos o final talvez em filmes futuros sua personalidade poderá ser completamente mudada. Finalmente como coadjuvante Amy Adams no papel de Lois Lane que assim como Cavill age do mesmo jeito de sua interpretação anterior. O protagonismo exagerado da personagem atrapalha em algumas cenas já que o romance entre eles vira o foco nas horas mais inoportunas e desnecessárias. 


       As cenas de ação são boas, em especial aquelas que contém o Batman em foco. Ele se movimenta rapidamente, é flexível e contra ataca golpes lembrando muito os jogos da franquia "Arkham". O embate final também é bem coreografado e mostra uma tentativa de fazer com que o trio principal trabalhe junto (Esperamos ver mais teamwork no futuro). Os fãs de quadrinhos ficarão animados quando perceberem as diversas referências e homenagens que o longa apresenta, 

      Masssssss nem tudo são flores. Apesar de serem bons, os efeitos especiais são bem exagerados e externamente cansativos em algumas tomadas. Não tente gastar sua visão e o seu dinheiro, não existe nenhuma cena que utilize o 3D ao seu favor. O roteiro é confuso e tenta abordar várias coisas ao mesmo tempo colocando diversos furos que não são explicados. A subtrama política, social é deixada de lado e a figura do povo que todos pensavam ser um papel decisivo para o desenrolar dos fatos e completamente esquecida no decorrer da história. A pressa por fazer de tudo um pouco para simplesmente consolidar o mais rápido possível o novo universo cinematográfico da DC Comics não ressulta em nada. Diante de tudo, o clímax que todos esperavam (O título verdadeiramente: Batman X Superman, Luz X Noite, Deus X Homem, Filho de Krypton X Morcego de Gotham, Biscoito X Bolacha...Naum pêra) é resolvido em poucos minutos e aqueles que esperavam um combate épico entre os dois herois ficaram decepcionados. O cúmulo chega quando tiram o grande princípio que o morcegão segue durante toda a sua carreira como herói (salvo nos primeiros quadrinhos no início da era de ouro que já não mais o caracterizam). Sim, Batman mata e sem hesitar. O trauma das armas de fogo que ele tanto repudia em suas HQs, Animações, jogos, etc...foi completamente esquecido e agora ele as usa sem nem sequer hesitar. Como consequência a longa duração que deveria ser totalmente irrelevante ajuda para que o filme se torne cansativo. 

       Batman Vs Superman - A Origem da Justiça consegue divertir, entreter o seu público (Fãs de quadrinhos ou não) e vale o seu dinheiro. Infelizmente alguns erros NÃO podem ser esquecidos e quem sabe servir para a melhora futura do promissor universo cinematográfico DC. 

                              NOTA:

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