ATENÇÃO: ESSA CRÍTICA PODE CONTER SPOILERS, OU SEJA PODEMOS REVELAR POR EXEMPLO QUE STOICO MORRE EM "COMO TREINAR SEU DRAGÃO 2" OU QUE MACAULAY CULKIN MORRE EM "MEU PRIMEIRO AMOR".
A Biografia Cinematográfica da invetora Joy Mangano cumpre seu papel de relatar uma parte de sua vida. No entanto, não se pode esperar nada a mais no filme.
Logo de início podemos perceber que iremos acompanhar a história da personagem título por alguns momentos de sua vida. Joy vive uma vida sofrível chegando a dar pena em certos momentos para o espectador (E durante o desenrolar dos eventos a sensação só aumenta pelo simples fato de nada dar certo com a protagonista). Uma mãe que vive para assistir novelas, um pai ausente que é também o seu chefe, um ex-marido que vive no porão de sua casa e dois filhos pequenos (A quantidade parece ser apenas representativa já que praticamente não vemos o filho em cena, com a mãe conversando e cuidando apenas de sua filha, pelo menos em cena). De repente por alguma epifania ela decide que irá mudar sua vida e seguir seu sonho de infância ao criar um esfregão revolucionário para o mercado.
Agora que você já sabe do que se trata o filme vamos começar a análise. Jennifer Lawrence que interpreta a personagem título, traz uma incrível atuação tirando muitas vezes mais do que sua personagem se propõe. Sólida do início ao fim, consegue passar para nós todas as facetas de mãe, invetora, vendedora e por fim executiva. Numa determinada cena em que a personagem corta os cabelos como forma de mostrar a sua evolução, ou quando ela explode logo depois de declarar falência podemos notar o motivo da sua vitória no Globo de Ouro e sua indicação ao Oscar. Se JLaw se supera não se pode dizer o mesmo dos outros Coadjuvantes. Robert DeNiro é subaproveitado no longa e não causa grande impacto em nenhum momento. Bradley Cooper até que está mais chamativo do que DeNiro mas não consegue ter muito tempo em cena, aparecendo do meio para o fim com um personagem que serve apenas de escadaria para o sucesso de Joy.
O roteiro e como se procede a história são os pontos que mais incomodam no longa. O gênero é uma biografia então não se pode dizer que o "plot" é ruim, afinal, é muito parecido com a história real que o filme foi baseado. Entretanto, muitos dos fatos ocorrem de maneira caricaturata e não consegue passar para quem está assistindo muita veracidade. Um exemplo é as cenas que mostram a mãe de Joy que do nada resolve se apaixonar pelo encanador por ele ter ensinado para ela francês (WTF??). Aliás a família da personagem principal é uma bagunça sem tamanho com falas sofríveis e momentos que beiram ao ridículo, destacando como mencionamos anteriormente para a mãe da protagonista.
A qualidade da direção de David Russell é outro ponto negativo. Além de não conseguir extrair de seus atores tudo que eles têm (Com exceção de Lawrence, mas isso se deve mais a qualidade da atriz do que qualquer outro fator) ele utiliza para o desfecho do longa um "Flashfoward" completamente confuso e totalmente desnecessário. Pareçe que fica faltando explorar diversos outros pontos e devido a duração tão curta (Não chega nem às 2 horas de filme) o diretor não soube como prosseguir e muito menos como finalizar a biografia.
Concluindo a crítica se pode afirmar que "Joy" serve como um boa biografia, com uma Jennifer Lawrence sustentando todo o longa e personagens secundários beirando ao ridículo e totalmente dispensáveis. DeNiro e Cooper servem apenas como nomes famosos e uma direção que poderia ter aproveitado melhor seu grande elenco e dado outros rumos ao andamento da história.
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