Atenção essa crítica pode conter spoilers ou seja podemos revelar por exemplo que o cara que estava morto no chão era Jigsaw em "Jogos Mortais" ou ainda que Susana Pervensie não vai para o Reino de Aslam no livro "As crônicas de Nárnia - A última batalha"
Apesar de possuir uma boa premissa e até um início envolvente a adaptação perde seu foco e se perde em um romance desnecessário e se deixa levar por inúmeros clichês.
Baseado em dois livros excelentes de ficção científica sua adaptação chegou recentemente aos cinemas com a missão de introduzir uma nova franquia no mundo cinematográfico. Os Alienígenas estão entre nós e eles enviam ataques em formatos de ondas que destroem boa parte da raça humana. Cassie Sullivan uma adolescente de 16 anos é uma das sobreviventes dos ataques e procura achar seu irmão mais novo depois de perder sua mãe e seu pai. E é basicamente esse o ponto central de toda a história.
Já conhecemos um pouco da história principal então vamos para a crítica. A melhor parte de todo o longa são os seus 40 minutos iniciais, quando vemos pela primeira vez Cassie com uma arma apontada para um suspeito com uma tensão em não saber se pode confiar ou não no desconhecido e por fim acaba matando alguém que era inocente. Toda a cena é bem filmada com pouca iluminação e passando um sentimento inovador de aflição como se você se sentisse que estivesse em um Apocalipse de verdade e que não poderia confiar em ninguém (TWD Feelings). No entanto é inegável que o filme não se mantém no mesmo ritmo e aos poucos vai deixando de lado essa sensação de aproximar o espectador principalmente quando o "interesse amoroso" de Cassie entra em cena, com um romance totalmente desnecessário e que faz a personagem regredir. Aos poucos a história secundária que é de Ben Parish (Nick Robinson) parece ser mais atrativa que a da própria Cassie.
Nossa querida Chloë grace Moretz estrela no papel principal (ORLY!!!) e apesar de eu adorar sua atuação ela está digamos meio "apagada" em si. Acho que isso se deve principalmente pelo desenrolar da história que regridem sua personagem chegando às vezes a torná-la uma coadjuvante. No entanto não é uma atuação ruim, mas diferente do que já estamos acostumados a ver na atriz. Um ponto incomoda é a falta de um bom coadjuvante, um alívio cômico alguém que possa cativar o público (Os que têm são tão inúteis quanto os tributos de "Jogos Vorazes"). Com a chegada do desfecho o longa aumenta de novo as expectativas e até que se torna divertido com algumas boas cenas de ação (Chloë assumindo o espírito mais uma vez da Hit Girl e estrangulando a General é talvez a melhor cena de todo o longa).
Okay Okay já falamos de todas as partes ruins do filme (Bem ruins por sinal) mas agora chegou a parte do que nós gostamos. Como dissemos a parte inicial consegue prender e a sensação de vazio quando Cassie caminha por meio dos carros abandonados da estrada é muito bem encaixada no tom solitário da primeira parte (Se você já jogou o game "The Last of US" muito provavelmente achou a forte referência nesse ponto). Como um todo podemos dizer que o filme é de certo ponto divertido e tem uma história até que inovadora ao abordar o conceito de Alienígenas infiltrados em humanos como seres que controlam o seu hospedeiro. As cenas de ação até que são bem feitas e a conclusão dar um ar de continuidade que se for confirmada se espera que concerte esses erros para podermos apreciar essa história que se bem retratada pode gerar uma nova saga totalmente diferente das que foram apresentadas (Digo isso porque diferente mais uma vez das avaliações dos "críticos" não percebi em momento nenhum alguma semelhança com outras franquias como "Jogos Vorazes", "Divergente" e o famigerado "Crepúsculo").
Resumindo "A Quinta Onda" consegue até entreter e tem um início envolvente. Porém o longa regride e não evolui os fatos caindo em clichês. Mas ele não é um filme chato, e você provavelmente vai acabar se divertindo se for ver com amigos ou com a namorada/o. Um filme mediano nada mais, compara-se com aqueles que costumamos ver na atual "Sessão da Tarde" sendo infelizmente mal aproveitado e que nas mãos certas poderia se tornar um sucesso de avaliação.
Nota:
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