Crítica: Deadpool

          O Mercenário tagarela ganha seu primeiro filme solo e finalmente podemos ver o verdadeiro Deadpool nas telonas. Hilário, violento, politicamente incorreto, raso e clichê, ou seja, o longa é praticamente um quadrinho do anti-herói animado. 

Conhecido por ter um fator de cura ainda melhor que o Wolverine e um senso de humor mais ácido que o homem-aranha, Wade Wilson o "Deadpool" foi criado para ser apenas uma sátira de Slade Wilson o "Exterminador" da DC Comics rival da Marvel Comics. Com a incrível popularização do personagem sua série de quadrinhos ainda continua firme e forte, e possuindo jogos, brinquedos e diversos cosplays em eventos nerds/geeks em geral não demoraria para que o cinema tentasse adaptar a história do Mercenário tagarela. Depois de sua primeira participação no fracassado Wolverine Origens, Ryan Reynolds volta a intepretar o personagem sendo que dessa vez sua história de origem é fielmente contada e todas as características que todos adoram nele estão incluídas no filme.

Não esperem uma história complexa (assim como nos quadrinhos) nem cenários maravilhosos ou quaisquer outra coisa acima da média. O próprio filme sabe disso e usa logo na cena de abertura ao explicar os diversos clichês presentes conseguindo no início proporcionar a primeira risada do espectador. Sim, são muitas. Muitas mesmo... e todas bem trabalhadas indo de referências (RIP Capitão América +) à filmes de superheróis, atores de Hollywood e até mesmo a Fox e Ryan Reynolds não ficaram de fora. O personagem principal sabe que ele é a estrela assim como nos quadrinhos e chega a quebrar até a "décima sexta" para explicar quem está assistindo todas as loucuras do Dead. Trilha sonora é outro fator que devemos elogiar já que ela combina e muito com toda a levada do filme indo do rap, rock e até um incrível "Careless Whispers" na conclusão.

Na atuação o destaque fica por conta é claro de Ryan Reynolds que intepreta tanto Wade quanto Deadpool com maestria. Morena Baccarin que intepreta o par romântico de Wade também tem uma interação boa com a trama e uma boa química com Reynolds. Francis ou melhor Ajax (Ed Skrein) é o vilão da trama e cumpre bem o seu papel de ser "O cara mau"; não é muito carismático mais tendo em mente que o personagem principal já é carismático até demais esperar mais do vilão poderia até estragar a história. Infelizmente mais uma vez Colossus apesar de estar visivelmente mais parecido com o dos quadrinhos ainda serve como saco de pancadas ambulante. Sua pupila a Míssil Megasônica (Brianna Hildebrand) também é pouco aproveitada visto a quantidade de seu poder. Isso é ponto negativo para o filme? Sim e não. O longa sabe disso e consegue usar ao seu favor fazendo com que esse fato se torne mais um alvo de piadinhas do baixo orçamento que o estúdio tinha ao colocar apenas dois X-Men. 

Deadpool se torna uma incrível adaptação de quadrinhos e faz com que o público tenha a sensação de estar vendo uma HQ de 1hr e 30min de duração. Com uma sequência já confirmada pelo próprio Deadpool no pós créditos esperamos que o estúdio possa nos proporcionar mais uma vez o nosso querido anti-herói em histórias que serão contadas dessa vez nas telonas. 

TCHITCHICHA!!!! 

Nota: